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- O feriado cobrou seu tributo, mas a ND3 passou pela prova com louvor. Conseguiu encher a arquibancada, trouxe mais de 100 carros à reta de Tarumã e proporcionou um espetáculo que será lembrado por um bom tempo por quem esteve na pista naquela sexta.
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- Marcio Freitas, o "Marcio Cpel", foi o nome da noite. Venceu o prêmio de 1000 reais para quem batesse primeiro a marca de 180km/h em 201m (duas vezes) e também venceu o TOP 16.
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- Não foi uma noite para gente de coração fraco. Quem fez a primeira marca de 180 foi o Eclipse dos irmãos Andreis, mas Cpel equilibrou o jogo. Aí, os "Andreis brothers" fizeram seu jogo e perderam a chance . Marcio voltou à pista e marcou um novo 180 e colocou a mão no dinheiro. Poucos minutos após, o Eclipse, em nova tentativa, marca 187km nos 201, provavelmente a marca mais alta já atingida em Tarumã. Até aqui, é a marca mais alta da ND e da cronometragem de Jaime Kopp.
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- Para os irmãos, serviu de consolo mas o dinheiro foi embora com Marcio.
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- O público vibrava a cada tentativa, e a melhor descrição é o som que se ouve em um estádio de futebol quando a bola bate na trave: "huuuuuuuuuuuu...!"
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- Allan Pasa, o homem de Bento, que deixa o público eletrizado a cada passada na reta, perdeu o motor nitrando no burnout. Perdeu o motor é um jeito carinhoso de dizer que desta vez ele quebrou mesmo. Neste momento, os pedaços que voaram pra estratosfera devem estar caindo sobre a Austrália...
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- Allan garante que pra ND de Natal vem de Dodge turbo - ouvi dizer que a "vítima " vai ser o irmão. E o Black Mopar volta no ano que vem sobrealimentado (Paxton por correia). O ano nem começou e já esta "pegando preço".
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- O Eclipse teve um belo desempenho durante as classificatórias e foi possível prever que Marcio Cpel e Rafael Andreis chegassem à final do TOP16. Acabou acontecendo, mas não foi simples como pode parecer.
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- Mesmo vencendo seus adversários e embolsando a grana por cada vitória a partir das oitavas de final, os dois tiveram problemas que resolveram à sua maneira.
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- Marcio Cpel viu seu motor superaquecer e teve rápida reação para deixar o carro rolar e cortar o motor antes de um dano maior. Conseguiu descobrir uma mangueira de água que soltou, e consertou dentro do tempo regulamentar, escapando de uma desqualificação.
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- Rafael enfrentou problema semelhante já no alinhamento quando "voou" a correia do alternador e bomba d'água. Seu irmão Fabio, na vontade e na "raça" colocou de volta , sem ferramentas e com risco de perder os dedos. Deu certo. E, o melhor, ainda tem todos os dedos.
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- Na final, os dois encarando o pinheirinho. Para Cpel, vencer seria a consagração da noite, prêmio para um trabalho bem feito. Para Rafael e o Eclipse, vencer seria a prova de um desempenho superior e ser reconhecido como o carro mais forte da noite. Além de 400 reais a mais no bolso...
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- Corridas de arrancada sempre são mais que a compilação de alguns números, onde recorde não significa nada e vitória, tudo. Todo o entorno faz parte, toda a carga de emoções que levou as pessoas até o momento final. Talvez tenha sido demais e Rafael, que realmente queria a vitória, a deixa escorrer entre os dedos ao queimar a largada. Os americanos sempre se referem a isso como : "Is drag race man...". Nós dizemos: "faz parte..."
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- No fim, volta pela reta, dinheiro, troféu e o abraço dos amigo para Cpel. Como deve ser.
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- Rafael voltou com lágrimas nos olhos, que não eram de felicidade. Como deve ser.
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- A ND3 foi mesmo arrasadora e mostrou o que cada competidor tem a seu favor . Em determinado momento, já estavam empilhadas três pontas de semi-eixo quebradas ali no alinhamento. Resultado do excesso de vontade de alguns competidores que esperam que o carro faça mais do que pode fazer.
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- Uma boa surpresa foi o Kadet Rosa da Ketlen "Power Bass". O carro e ela andaram bem a noite toda, sem problemas, com bom desempenho. Deu para observar que o carro e a piloto já tinham fãs. O carro é impecável e merece o reconhecimento do público. Um colorido especial na noite.
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- Notável também que a maioria esmagadora dos carros estava impecavelmente limpa. E muitos carros tinham o visual hot rod característico da California! É isso mesmo, pode folhar qualquer livro sobre arrancada que estarão estampadas as cores, as combinações e o aproveitamento de peças que deram origem à moderna arrancada no mundo. Tarumã é de verdade o lugar onde se encontram as raízes. Em Tarumã, não adianta de nada ter todo o catálogo de peças importadas em seu carro se você não vence. O público sabe...
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- Falando em raizes, estão se formando grupos para vir à ND correr. Nada é mais clássico que este fato, e todos, de uma maneira ou outra, já foram expostos à imagens das décadas de 50 e 60, onde cada lugar tinha sua turma, seus logos, sua identificação. O pessoal do litoral veio com um bom grupo - apesar do feriado, que é um momento importante para praia - e já está bem posicionado no campeonato da AD com dois integrantes no TOPTEN da competição.
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- Guaíba tem marcado presença constante com a turma ligada à oficina do Dé, além de um bom grupo de Gravatai. Já está ficando comum ver nos carros adesivos que identificam as parcerias de cada um.
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- Com o tratamento feito na reta de Tarumã, os carros de tração traseira estão ganhando nova vida. A aderência está permitindo aos pilotos acelerarem de uma forma muito mais ousada e também muito mais arriscada. Ganha o público e o espetáculo.
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- A administração de Tarumã tem colaborado de forma diligente para que um bom espetáculo ocorra. Organização, assessoria em tarefas-chave, disponibilização de ferramentas, investimento na pista e em cronometragem de qualidade - além da eficaz mão de obra treinada em Tarumã - estão recebendo o reconhecimento do público e pilotos.
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-O uso de fogo para limpar o óleo que cai na pista, acabou se tornando uma atração a mais para o público. O fogo permitiu a limpeza da maioria dos pequenos vazamentos e, assim, o uso de cimento como absorvente foi mínimo, o que deixou a pista muito mais limpa. Os motores agradecem.
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- A ND3 marca também uma virada histórica no campeonato da AD. O Agente não conferiu todos os dados em detalhe nos últimos 4 anos, mas pela primeira vez,desde a época em que o Civic branco corria no sambódromo, os carros turbo não estão liderando o campeonato.
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- A honra agora é de dois v8 aspirados, que não têm nem auxílio de óxido nitroso. Mas tem a seu favor desempenho sólido e um bom trabalho de seus pilotos.
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- Diego Zottis ( CamaroZ28) e Alexandre Kroeff (Maverick v8) estão em primeiro e segundo lugar, separados por um número de pontos que pode ser superado ou ampliado em apenas uma puxada.
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- Em terceiro, o primeiro carro turbo e que também é uma surpresa: o Fiat 147 de Gustavo Stock. É um desempenho surpreendente do carrinho, conseguido sobretudo na pista. Até aqui, Gustavo e o Fiat não conseguiram se beneficiar de vitórias de nível de tempo ou bônus de melhor reação. Ainda pode se tornar o "matador dos gigantes".
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- Da liderança para o quarto lugar vem Alex Machado e seu Chevette Turbo AP. Não repetiu o bom desempenho da última etapa, mas continua entre os líderes tanto no campeonato como no TOP16, para o qual se classificou em quinto lugar, um bom resultado.
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- Fechando o TOPFIVE, Roger Condotta e seu Passat aspirado. Este é um Passat com história. Já foi do Racha, que o sorteou na noite de aniversário de 2008. Roger o comprou do ganhador, um jovem sem ligação com a arrancada. Era um Passat do tipo "avental de hospital" (bunda de fora), daqueles sem a traseira, que Roger pacientemente vem reconstruindo em sua casa. Agora começa a colher os resultados. Ele diz que quer muito mais, e segue em seu aprendizado......................................
- Em cinco carros da liderança, três aspirados e dois turbos. Teremos mais seis puxadas válidas por pontos até o final, em dezembro. Pelo menos 10 pilotos têm chances reais na última etapa.
- Perder este espetáculo não é uma opção.
Fotos: Adriana Sugimoto e Orlei Júnior
Um comentário:
Dae mestre,aquele chevettinho amarelo,não te lembra nada ?!...hehehe
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